Bota o casaco fi, e não chega tarde não!

Mães, mães de nossas mães, mães de nossos amigos e amigas, todas que conheci passaram pelo baque de ver suas crias indo pra rua, no nosso caso em específico, pra andar de skate.

“Óia, cuidado fica andando com esse skate na rua, vai ser atropelado, e você não usa capacete não? Não volta tarde, e meniiiiino do céu, você não tem vergonha de sair na rua com o tênis nesse estado?”

Provavelmente a gente nunca vai entender esse nível de preocupação, e existem os momentos em que a gente vacila, já sabendo o que vai ouvir chegando em casa.

O começo é sempre difícil, até a véia entender que skate é só mais uma brincadeira de rua, como jogar bola ou andar de bicicleta, cada um tem seu jeito de se manter criança.

Com o passar do tempo é Mãe Debora, Tia Dora, Dona Nilda, todas recebendo a gente com todo carinho e cuidado. Tantos almoços, cafés, toalha e banho pra quem chega suado, sofá e cama pra quem chega cansado, no fim é tudo família, tanto pra elas quanto pra gente.

Tia Dora recebendo os nenê da Squad em casa é isso, sofá cama, fofocas e café a qualquer hora.

Assim como nossa vida é um desafio e uma luta pra gente, nossas mães, independente de quem você considera mãe, sofrem, lutam e se emocionam em dobro por tudo que fazemos.

Além de agradecer e homenagear, é importante que lutemos por elas, pelo que elas precisam e pelo que as faz bem, só assim podemos, de alguma forma, retribuir a vida que elas nos deram, e deram por nós.

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Mãe Debora sorrindo enquanto não sabia que o nenê (Vinicius) se tornaria um skatista, marginal, nóia, vândalo e chulezento

Vamos lutar pra que a rua não seja espaço só pra skate, seja espaço pra elas andarem e aproveitarem a cidade, se divertirem e aprenderem como a gente, com a gente. Lutar para que tenham direito a própria vida e a própria realização, para que elas possam ser o melhor pra elas, e consequentemente, pra gente também.

Dona Rose não só apoia o menino Gregório nas empreitadas das ruas, como também é uma Skatenerd assumida.

Nesse dia das mães, espero que todos tenham ao menos pensado em todo esse amor e trabalho, das mães que estão com a gente, das que já se foram, das que nos tiveram por acidente, das que nos escolheram, das nossas e dos outros. Apesar do dia das mães já ter passado, é sempre tempo de ligar pra véia, perguntar como ela está, o que ela precisa, chamar ela pra tomar uma birita ou ir na missa com ela, comprar suas brigas e dar o apoio que ela sempre te deu.

Dona Cassia imaginando se sua criança bonita (Rayllon) se tornaria um adulto feio.

Para todas as mamães, desejo toda força, carinho e amor.

Espero que cada um, como der, possa ser um bom filho ou filha da mãe.

2 thoughts on “Bota o casaco fi, e não chega tarde não!

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