Fuck off and die: A minha ode a Jake Phelps

Isso não é uma ode porque não sou cantor, mas eu berro e esse berro é pra uma das maiores lendas do skate mundial e de todas as constelações, e também não é uma “ode ode” é só um nome bonito pro texto.

Não ferra mermão! deixa eu me expressar, eu, desde pirralho quando me envolvi com o skate, aos 11 anos de idade, em um período bem difícil da minha vida, tinha consciência de alguma forma que eu queria fazer parte disso pro resto da minha vida.

Desde que eu ganhei uma cemporcento skate de um amigo meu, como um simples pirralho que manda boneless pra lá e pra cá, ou ganhando a vida com grana fazendo isso, sempre gostei de revistas e da música que o skate me proporcionou. Aliás não só isso, a fotografia, os videos, estilo de vida ou “laifestaile” como muita gente fala, e acima de tudo a postura que ele proporciona, a ética e os conceitos por trás do skate, que é um brinquedo, como disse Jeff Grosso em uma entrevista a Black Media.

Mas tem muita coisa por trás desse brinquedo, e é ai que o tio Jake entra, porque ele meio que ajudou a criar e a moldar os conceitos e a postura dentro do skate, que é respeitar qualquer forma de skate e qualquer pessoa, seja sincero com você mesmo e com seu skate. Isso quer dizer que não importa o que você faça, apenas ande de skate e se divirta mano! Rip’it no caso, faz o que você quiser mano, não tem regra, manda a manobra que quiser se vista do jeito que quiser. Apenas ANDE DE SKATE e DESTRUA, mas não destrua lugares, seu idiota, se não como a gente vai manobrar?

Isso é um pirralho falando, que vive em um contexto diferente e em uma década diferente de quando essa frase era necessária e mais do que ativa, naquela época o “destroy” era contra todos os valores que eram colocados guela a baixo, e que o conservadorismo estava em alta… Mas pera aí, não é a mesma fita de hoje?

Bom, então, isso voltou, agora vá contra tudo isso, desconstrua e destrua essa imposição, é o que Jake representava, vá com tudo e não hesite em nenhum momento, o máximo que pode acontecer é cair, e tu vai lá e vai de novo. Isso que ele era editor, skatista, pessoa e muitas outras coisas.

Esse laraiê todo que eu escrevi foi remetendo a pessoa dele e o que eu via, pra mim, o significado da revista Thrasher é: “ande de skate”, nada mais e nada menos, e se divirta porque ele proporciona muita coisa, mas muita coisa mesmo. É absurdo o que você agrega dele e os caminhos que ele te proporciona de bom, esse brinquedo salva vidas mesmo, mano! Sem comédia! E o tio Jake era isso aí tudo só na sua pessoa, quando estava andando e destruindo tudo, sem ser na sua forma literal, sua presença em tudo que ele fazia era foda demais.

Tem duas coisas que me vem em mente quando lembro dele, a primeira é daquele hillbomb cabuloso, que eu pensei “malandro que doidera olha a velocidade que ele ta, doidera demais” e a outra, é ele em Wallenberg apresentando um evento mó doido, o Bust or Bail, em que os cara pulava aquele bendito gap gigante, ele zuando todo mundo, sempre bem humorado e engraçado, também tinham as zueiras do King of the Road, que sem ele não será mais o mesmo, eram duas coisas que eu lembrava, e de duas acaba passando pra mil coisas, skate proporciona muita coisa foda né?

Acho que aqui acaba meu texto todo desorganizado, sem estrutura nenhuma, como minha cabeça, ou como eu remo em cima do skate todo torto, sem rumo e sem manobra no pé, sem nada, só o meu skate. E como ele memo dizia “Skateboarding is the sound of living”, fazendo aquele translate favela “skateboard é o som da vida”, é mano, assim vou dando aquele salve e até breve!

Jake Phelps by Tobin Yelland

R.I.P Jake Phelps.

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